quinta-feira, 20 de maio de 2010

UNIDOS NA PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO

Segundo o dicionário Aurélio XXI, união é o “ato ou efeito de unir(-se); junção, ligação, adesão. Junção de duas coisas ou pessoas. Contato, justaposição. Pacto, aliança, liga. Reunião de forças, de vontades, etc.; coesão, unidade. Ligação conjugal; casamento, consórcio. Concórdia, harmonia. Mat. Conjunto de todos os elementos pertencentes a pelo menos um de dois ou mais conjuntos; conjunto união, soma, reunião.”, neste sentido, a partir destas definições união é todo ato de unir-se para um determinado fim, e neste caso todo cristão deve por obediência ao seu Senhor unir-se para a proclamação do evangelho de paz que para o mesmo dicionário evangelho é entendido como “Rel. a Doutrina de Cristo. Rel. Cada um dos quatro livros principais do Novo Testamento. Rel. Trechos desses livros que se lêem na celebração da missa. Fig. Coisa que se tem por verdadeira, ou que é digna de crédito: Conjunto de preceitos por que se regula uma seita, um partido político; doutrina. Norma de proceder; preceito”. E de contra ponto a estas definições o pastor Amaral (2009), no 45º Congresso Bienal das Igrejas Batistas Regulares do Amazonas firmou que “O EVANGELHO É O PODER DE DEUS QUE SALVA e é nisto que se baseia a suficiência, na pessoa dEle. Cristo Jesus!”, desta feita o evangelho sendo por um lado entendido como uma coisa que se tem por verdadeira, ou digna de crédito como conjunto de preceitos ou doutrina, esta união de preceitos verdadeiros é o poder de Deus que salva o indivíduo das garras das trevas.




Os servos de Deus comprados pelo sangue de Cristo têm a obrigação de unir-se e proclamar este evangelho, pois sem união nada e ninguém prossegue a sua caminhada, como Cristo nos advertindo nos fala “completai a minha alegria de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento” (FILIPENSSES 2: 2). Estas palavras nada mais são do que o pedido de união dos irmãos, como o salmista em salmos 1331: 1, já pedia, “oh quão bom e quão agradável é viverem unidos os irmãos”. Nós como servos de Cristo e não apenas servos, mas amigos e irmãos que somos, devemos demonstrar este amor que ele nos deu através da união para com os outros.


Um grande exemplo de união de uns para com os outros foi a construção dos muros de Jerusalém, onde os servos do Senhor ao mesmo tempo que vigiavam, trabalhavam auxiliando uns aos outros, com uma mão empunhavam a arma e com a outra construíam os murros e todos juntos se trabalhando conseguiram terminá-lo para proteção do seu povo, pois o Senhor estava com ele, pois eram o seu povo e demonstravam uma verdadeira união.


Outro exemplo de união foram Daniel e seus amigos que firmemente resolveram não contaminar-se com as finas iguarias do rei, mesmo sabendo que poderiam ser penalizados, mas juntos, confiando em Deus resolveram em seus corações não se contaminarem, e por isto Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria, mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos. (DANIEL 1: 8-21)


Mais recentemente encontramos a igreja primitiva, a qual os seus membros viviam juntos, tinham tudo em comum, vendiam as suas propriedades, e perseveravam unânimes na comunhão, no partir do pão, na oração e na doutrina dos apóstolos e com isso o Senhor ia aumentando os que iam sendo salvos, pelo fato da comunhão que demonstravam diariamente, pois em cada alma havia temor, estavam dispostos a proclamar o evangelho.


O que saudosa igreja que se dispunha a servir ao Senhor, pois muitos hoje em dia preferindo o mundo esquecem da igreja local, o qual o livro de Hebreus nos afirma para que não o façamos “não deixemos de congregar-nos como é costume de alguns, antes, façamos admoestações, e tanto mais quanto vede que o dia se aproxima”, irmão voltemos à umidade do espírito, onde cada membro arraigado tem a sua serventia, então, aproximemo-nos com amor uns dos outros e proclamemos o evangelho da paz, o qual é o poder de Deus que salva, pois o Senhor nos chamou não para sermos salvos, para servi-lo, como em Marcos 16: 15, nos afirma: “Ide porto do o mundo e pregai o evangelho.”


Que possamos ter o mesmo sentimento do apóstolo Paulo ao pregar o evangelho quando afirmava “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo o que nele crê, primeiro do judeu e também do grego. Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho” (ROMANOS 1: 16, 17a), e não o sentimento de obrigação o qual o mesmo apóstolo fala em uma de suas cartas “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada” (I CORÍNTIOS 9: 16, 17). Deus nos deu este privilégio que anjos almejaram fazer e nós o que estamos fazendo? Saiamos dos nossos bancos e disponhamo-nos para proclamar a sua verdade, a verdade verdadeira, não uma verdade falseada, que em vez de proporcionar a salvação leva os indivíduos ao inferno de chamas, que é este evangelho neoliberal, que prega somente a prosperidade, pregamos o evangelho genuíno da SALVAÇÃO, que Cristo nos deixou.


Que não possamos nos conformarmos com este século, ao qual o apóstolo Paulo fala em Romanos nos fala, mas sim, transformar-nos pela renovação da nossa mente, mente esta de CRISTO, para que experimentamos qual seja a boa e agradável perfeita vontade daquele que nos tirou das trevas para a sua maravilhosa luz, então sejamos luz e levemos esta luz para os que estão nas trevas, como antes nós estávamos.


Para finalizar-mos esta pequena dissertação sobre a união na proclamação do evangelho, nos voltamos para o profeta Isaías que no capítulo 62 e versículo 2 nos fala: “Por amor de Sião não me calarei e por amor de Jerusalém não me aquietarei; até que saia a sua justiça como um resplendor, a sua salvação como uma tocha acesa.”


A responsabilidade de pregar o evangelho é da igreja, como um todo. Aliás, como está a nossa preocupação com as outras pessoas?


Nós nos tornamos responsáveis e mensageiros da palavra de Deus, não porque escolhemos, mas Deus é que nos escolheu para este determinado fim, então façamos o que ele predeterminou.


Foi com a união do povo que Israel venceu os seus opressores; Daniel e seus amigos estamos juntos, quando decidiram não se contaminarem com as finas iguarias do rei.


Devemos deixar o nosso egoísmo de lado e proclamarmos o evangelho de Deus, pois a seara é grande e os trabalhadores são poucos.





REFERÊNCIAS


AMARAL, Wagner. A suficiência de Cristo. Palestra na  45º Congresso da Associação das Igrejas Batistas Reguares do Amazonas, estrada de Manacapurú, 14 a 16 de janeiro de 2010. disponível em http://www.prwagner.wordpress.com/

FERREIRA, Aurelio Buarque de Holanda. NOVO DICIONÁRIO AURÉLIO SÉCULO XXI.

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