segunda-feira, 13 de maio de 2013

LEVANDO AS BOAS NOVAS À ATUAL GERAÇÃO



Não me envergonho do evangelho
Você se envergonha do evangelho? Tomara que não!
Todo líder religioso (pastor) sonha com a igreja nos moldes da igreja primitiva, a qual os seus membros vivam juntos, tenham tudo em comum, e perseverem unânimes na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e na oração, de forma que o Senhor aumente os que irão sendo salvos, através da comunhão que os novos convertidos demonstrarem diariamente, em sua mudança de vida, com temor, não se envergonhando do evangelho e estando dispostos a proclamar as boas novas de salvação, uma igreja perfeita.
No entanto, infelizmente percebemos que a realidade atual não é esta. Alguns dos que se dizem cristãos se envergonham ou já se envergonharam do evangelho, principalmente quando estão no meio de sua turma na escola/faculdade, na vizinhança ou até mesmo no trabalho, mas apresentamos uma pessoa que afirma veementemente não envergonhar-se do evangelho genuíno de Cristo, essa pessoa é o apóstolo Paulo.
Que possamos ter o mesmo sentimento do apóstolo Paulo quando afirmava: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo o que nele crê, primeiro do judeu e também do grego. Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho” (Romanos 1: 16, 17a).
Assim como o apóstolo Paulo, devemos nos alegrar e de livre vontade anunciar o evangelho, sabendo que receberemos galardão, pois o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo corroborando (afirmando) este mesmo pensamento, em uma de suas cartas nos fala: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada” (I Coríntios 9: 16, 17).
Deus nos deu o privilégio que anjos anelaram (perscrutaram, desejaram) fazer, mas a nós é que foi outorgada esta missão, então perguntamos: o que estamos fazendo? Nos envergonhando ou nos sentindo honrados em realizar essa incumbência?
Saiamos dos nossos bancos e disponhamo-nos para proclamar a verdade verdadeira que salva, não uma verdade falseada, que em vez de proporcionar a salvação, ilude e leva os indivíduos ao inferno de chamas, esse evangelho que proclama um Cristo diferente das escrituras é o evangelho neoliberal que pode pregar tudo só não prega o principal que é a salvação em Cristo Jesus. Nós como verdadeiros cristãos devemos combater este (neo)evangelho e pregar o evangelho genuíno da SALVAÇÃO, que Cristo nos deixou.
Que possamos refletir no que o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, fala em sua carta endereçada à igreja em Roma, de forma que venhamos a não nos conformar com este século, mas sim, transformarmo-nos pela renovação da nossa mente (mente de CRISTO), para que possamos experienciar a boa e agradável perfeita vontade de Jesus (Romanos 12: 2).
Sejamos luz e levemos esta luz para os que estão nas trevas, como antes nós estávamos (Mateus 5: 14-16; Efésios 2: 1-3), mas pelas misericórdias de Deus fomos lavados pelo sague do Cordeiro, não sejamos, assim, egoístas, mas possamos nos estimular com as palavras do profeta Isaías, a qual nos fala “Por amor de Sião não me calarei e por amor de Jerusalém não me aquietarei; até que saia a sua justiça como um resplendor, a sua salvação como uma tocha acesa” (Isaías 62: 2).
Todo cristão consciente deve por obediência ao seu Senhor, em amor fraternal, proclamar do evangelho de paz. De acordo com o pastor Wagner Amaral, no 45º Congresso Bienal das Igrejas Batistas Regulares do Amazonas, realizado no ano de 2009, parafraseando o apostolo Paulo afirmou que “o evangelho é o poder de Deus que salva”, sendo o sacrifício de Cristo Jesus suficiente para salvar o ser humano da ira vindoura, desta feita, o evangelho deve ser proclamado para salvação/resgate do indivíduo que está nas trevas do pecado.
Os servos de Deus, comprados pelo sangue de Cristo, têm a obrigação de unir-se na proclamação deste evangelho, e não se envergonhar, mas levar a palavra de Boas Novas a todos os povos para a glória de Deus, pois segundo John Piper (2011, p. 9) citando Tom Wells nos diz: “a maior motivação para a ação missionária é tornar Deus conhecido e levar todos os homens a adorá-lo”. Essa é a motivação de espalharmo-nos na tarefa de anunciar entre as nações a glória e as maravilhas de Deus entre todos os povos.

Porque a igreja deve evangelizar?
Respondendo a pergunta acima: Porque a igreja deve evangelizar? Damos a seguinte resposta: porque o crente não foi salvo simplesmente para ir ao céu, mas para servir, louvar e adorar ao nosso Deus, sendo a responsabilidade de pregar o evangelho da igreja, ou seja, de todos os cristãos, salvos e lavados no sangue remidor de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Uma responsabilidade que só a nós foi-nos dada. Então, nos indagamos: como está a nossa preocupação individual com as outras pessoas?
Nós nos tornamos responsáveis e mensageiros da palavra de Deus, não porque escolhemos, mas porque Deus nos escolheu, antes mesmo da fundação do mundo, para este determinado fim e o louvor da sua glória de Deus (Efésios 1: 3-14; João 15: 16). Então, façamos o que ele predeterminou. Devemos deixar o nosso egoísmo de lado e proclamarmos o evangelho de Deus aos de casa, aos da vizinhança, aos ribeirinhos e aos que estão nos confins do mundo, pois a seara é grande e os trabalhadores são poucos.
De acordo com John Piper (2011, p. 10) no livro Evangelização & Missões “a adoração é o principal alvo da igreja, e as missões são instrumentos para que Deus torne-se conhecido entre os povos, de forma que os homens venham a adorá-lo” (João 4: 24).
Ainda nesta obra Piper (2001, p. 11) nos alerta que “[...] é preciso então que os homens sejam atraídos a Deus pela mensagem que o próprio Deus encarnado, Jesus Cristo, trouxe à humanidade, o evangelho. Sem o evangelho, os homens não poderão ser salvos e não se tornarão adoradores de Deus”. Neste sentido, “[...] a igreja tem o chamado para investir na evangelização através de três alternativas: ou investimos como “enviadores ou enviados” ou desobedecemos” (p. 12).
A glória de Deus deve ser o alvo de todo homem, pois em Salmos 96: 3a, a palavra de Deus nos fala que devemos anunciar entre as nações a Sua glória, de forma que as pessoas venham a reconhecê-lo como Senhor de suas vidas, e isso só será possível através da obra missionária.
Referências
ALMEIDA, João Ferreira de (Trad.). Bíblia Sagrada. ed. revista e atualizada. s/d.
ALMEIDA, João Ferreira de (Trad.). A Bíblia Sagrada. ed. corrigida e revisada, fiel ao Texto Original. São Paulo, SP: Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 2007.
PIPER, John. Evangelização e Missões: Proclamando o Evangelho para a Alegria das Nações. Editado por Tiago J. Santos Filho. São José dos Campos, SP: Fiel, 2011.


A verdade eterna deve ser proclamada para a alegria de todos



Para que os povos se alegrem, glorifiquem a Deus e tenham a paz, é necessária a proclamação das boas novas (o evangelho genuíno da salvação), como podemos perceber na palavra do Senhor: Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina! (Isaías 52: 7; Romanos 10: 15).
A obra missionária, no mundo ocidental, não completou, embora tenha diminuído. No entanto, Deus quer que nos engajemos com Ele na realização da obra missionária para que os povos venham a louvá-lo na beleza de Sua Santidade. Percebemos isto, na entoação do Salmo 117: 1 “Louvai ao SENHOR, vós todos os gentios, louvai-o, todos os povos”, pois, Jesus Cristo está construindo sua igreja por todo o mundo, tendo em vista que fomos feitos para pensar, sentir e trabalhar por meio dEle, com Ele e para Ele nesta causa.
Oxalá possamos buscar ter a mente e o coração de Cristo Jesus, de modo que venhamos “[...] a conhecer, amar e alcançar os povos do mundo para a glória de nosso Salvador!” (PIPER, 2011, p. 27). É de suma importância mostrar aos povos que as pessoas sem Cristo são apenas criaturas de Deus e não filhos e filhas, por isso, necessitam se converter e tornar-se filho de Deus, por meio da entrega total de sua vida a Cristo, conforme a bíblia nos relata em João 1: 9, "[...] todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem filhos de Deus", ou seja, somente os que creem, se arrependem e se convertem do seu pecado se tornam filhos de Deus, o que quer dizer que todos são pecadores e não apenas alguns, mas todos, pois todos estão debaixo da lei do pecado. Neste contexto o pecador receberá um salário de morte (ROMANOS 6: 23), desta feita, quem não tem o Senhor Jesus como Senhor da sua vida, mas rejeita-o e vive uma vida fora da comunhão de Deus, está separado da Sua Glória, pois pesa sobre a humanidade a condenação do pecado.
John Piper (2011, 28), nos alerta a nos entreguemos à obra missionária, orando pelos missionários que estão no campo, “sendo enviadores ou indo pessoalmente”, pois o proposito de Deus é ser louvado por todos os povos e não por apenas alguns. Nesta perspectiva “missões é um movimento transcultural cujo objetivo é ajudar as pessoas a parar de se acharem tão importantes e começarem a dar importância ao seu Criador” (PIPER, 2011, p. 29).
Missões é um esforço transcultural de transformar o coração das pessoas para que Deus seja mais louvado [do que] qualquer outra coisa que Deus tenha criado. [...] É uma luta de vida e morte a fim de dar vida eterna às pessoas. [...] Tudo isso no conhecimento e prazer em Deus. [...] Missões é também dizer que louvem a Deus (ibidem, p. 29).
Não louvar é perecer (p. 30). [...] quando dizemos que missões é esforço transcultural para ajudar os povos a louvar a Deus, estamos dizendo que missões é amor, não arrogância. Missões é conclamar o mundo a fazer aquilo para o qual fomos criados [...] o louvor a Deus é a consumação do prazer em Deus (p. 33).
Fazendo uma análise na obra de Jonh Piper, entendemos que além de a verdade eterna ser proclamada a todos os povos, a igreja deve evangelizar para que as pessoas sejam salvas (Romanos. 10: 13-21); porque é o propósito de Cristo; porque se faz necessário anunciar a Cristo onde não foi pregado; e que fazer missões é o cumprimento da grande comissão (PIPER, 2011), pois parte-se do pressuposto do “indo, discipulando e batizando”, ensinando a guardar todas as coisas que o Senhor nos tem ordenado (Mateus 28: 18-20).
A palavra indo, como as demais estão no gerúndio, pelo fato de significar "trabalho continuado", ou seja, o trabalho de missões começa desde o momento da conversão, continua dentro de casa e dá-se seguimento fora dela, e isto, continuamente.
Mas não basta apenas ir e evangelizar, deixando o indivíduo ao léu sem nenhum apoio após a sua conversão, o novo convertido deve ser discipulado, pois não é viável, nem prudente levar o conhecimento da salvação sem dar o segundo passo que o Senhor nos incumbiu, que é o de discipular, mas podemos nos perguntar: como discipular (doutrinar)?
Para responder a pergunta acima indagada, é preciso compreender que é a através de duas coisas, ou seja, do ensino teórico, bem como, por meio do exemplo diário de nossas vidas que nós discipulamos as pessoas, pois conforme andamos nesta vida fazemos "discípulos". No livro de Gálatas 2: 20, compreendemos que discipular envolve deixar Cristo viver em nossas vidas e não mais vivermos para nós mesmos. O cristão estará discipulando sem a necessidade de abrir a sua boca, no caso deste não saber expressar-se através da oralidade (ensino).
A partir do momento em que a pessoa é discipulada por alguém, através de testemunho ou por meio da fala, é necessário que esta pessoa seja batizada, obedecendo à ordem do Senhor, que nos diz que devemos crê e ser batizados. É necessário que todo novo cristão deva ser ensinado para que este ensine outras pessoas que a condição do homem (Romanos 3: 23).
Mas também é preciso mostrar para as pessoas que há uma saída, pois em Efésios 2: 8, a bíblia diz: "pela Graça, sois salvos mediante a fé em Cristo Jesus". A humanidade precisa se render aos pés de Jesus e o aceitar pela fé e assim ser salva da condenação eterna. Portanto, os cristãos devem divulgar o evangelho continuamente para o mundo e obedecer ao ide de Cristo e ser verdadeiramente um cristão, conhecendo o projeto de salvação, para divulgar o evangelho, de forma que as pessoas reconheçam as suas condições, se convertam e sejam batizadas e consequentemente desenvolvam a sua salvação, crescendo no conhecimento de Deus.
Esta edificação cristã implica em um diálogo, a leitura da palavra, aprender a orar, ser ensinado a ter uma vida transformada e para não ser levado por qualquer vento de doutrina tendo uma vida de paz e sabedoria cristã, proporcionando, desta feita, o sentimento missionário no servo de Deus.

Como a igreja deve evangelizar?


  • Evangelismo pessoal: Devemos ir de casa em casa, convidando e proclamando as boas novas de salvação, mostrando as obra redentora que o Senhor Jesus realizou por nós, ou seja, realizando através do evangelismo pessoal, pois a ordem foi-nos dada “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a criatura” (Marcos 16: 15).
  • Entrega de Literaturas Cristãs: Outra forma de levar o evangelho é através da simples entrega das literaturas. Entregando folhetos nas praças, ônibus, e nas ruas. Quem de nós já fez isso?
  • Vivendo uma vida de cristão: Outra é com as nossas próprias vidas, será que a minha vida esta sendo um exemplo para os meus vizinhos?
  • Abrindo novos trabalhos.
  • Levando as boas novas à nova geração através dos clubes bíblicos: Será que estamos Levando as boas novas à nova geração? Será que a igreja está investindo o suficientemente na obra missionária para alcançar as crianças do bairro? Se não, como devemos investir nas crianças? Elas possuem almas, são pecadoras, assim, como os adultos e necessitam de salvação, pois o próprio Senhor Jesus exclamando aos seus discípulos nos deixa o exemplo ao afirmar: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus (Mateus 19: 14).
Em provérbios 22:6, vemos ainda: Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.

Outra forma de evangelização que podemos citar é através da informática:
Levando as boas novas à nova geração através das tecnologias: Destacamos o evangelismo no mundo virtual, através das redes sócias, onde a maioria dos jovens e adolescentes está conectada diariamente. Se não podemos ir pessoalmente à eles, podemos pelo menos por intermédio dessas redes virtuais, onde o conhecimento se propaga rapidamente, alcançando o maior número de pessoas, é só se conectar. Temos por intermédio da internet os:
1.    Torpedos;
2.    msn;
3.    email;
4.    Facebook;
5.    Bloggers;
6.    Etc.
Você escolhe o melhor meio de evangelizar as pessoas, devemos ser, como a própria Palavra de Deus nos orienta, prudentes ou astutos como as serpentes e simpleces como as pombas, devendo nós influenciar o mundo e não o inverso, pois somos lançados o dia todo para o meio de lobos (Mt. 10:16).
Devemos ser mais espertos que os filhos do diabo (Jo 8: 44) e aproveitar-nos dos benefícios que as tecnologias disponibilizam, e não deixar esta arma, pois estamos numa guerra espiritual, apenas nas mãos do inimigo, que quer somente destruir as vidas das pessoas.
Nós que temos a verdade devemos transmitir essa verdade a todas as pessoas, insta, quer seja oportuna, quer não (II Tm 4: 2) para que não continuem mortas nos seus delitos e pecados, como nós outrora estávamos e a internet nós permite alcançar muitas pessoas, então contribuamos orando ou agindo, pois esta grande obra que Cristo Jesus nos outorgou é uma missão de todo cristão. Amém!

domingo, 5 de maio de 2013

Conflitos na família lição nº 5 - EBD - CPAD 2º trimestre 2013


Por Eliseu Antonio Gomes
Publicado originalmente em: belverede

Em minha vida de cristão, algumas vezes tive a oportunidade de conversar com casais em conflito matrimonial. A fonte do desentendimento em quase todos os casos era uma interferência externa na vida à dois. O marido que não abre mão de passeios com os colegas solteiros da empresa às sextas-feiras; a sogra do homem ou da mulher opinando no novo lar. Em suma, quando um dos cônjuges põe seu par em segundo plano a crise se estabelece. Notei que todos os casais que usavam o vocabulário "separação" durante as brigas, até mesmo apenas como uma arma de ameaça, como uma forma de atalho à solução de problemas, divorciaram-se.

O divorcio será abordado em outra ocasião com maior profundidade. Por enquanto, lanço uma prévia introdutória. 

O tema divórcio quando analisado à luz bíblica sempre causa impacto na sociedade e na vida de muitos cristãos. A geração que está distante do Senhor considera as diretrizes bíblicas polêmicas e dispensáveis, procuram trechos na Bíblia para usar como base que justifique sua separação, enquanto muitos outros cristãos estão confusos devido às abordagens superficiais sobre o assunto. 

Os judeus maltratavam suas esposas. Casavam-se com elas em sua juventude e com o passar dos anos pediam carta de divórcio para atar-se em outro matrimônio com mulher mais jovem. (Provérbios 5.18; Malaquias 2.14). O repúdio, motivado pelo envelhecimento ou quaisquer outros banais, ocorria devido ao estigma que o sexo feminino sofria por causa de Eva, induzida ao engano pela serpente no jardim do Éden. 

Como profeta, Moisés foi autorizado por Deus a conceder o divórcio. A concessão aconteceu por causa de homens duros de coração.

O tempo do Antigo Testamento foi um período em que a mensagem do Senhor é considerada sombras daquilo que viria a ser apresentado de forma perfeita. Embora não possamos desprezar as páginas veterotestamentárias, precisamos ter consciência que os cristãos não são dirigidos pela sombra da Lei, mas por Aquele que é a Luz do mundo, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (João 3.19; 9.5; Colossenses 2.15-17; Hebreus 10.1).

"A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele" - Lucas 16.16.

Jesus se fez homem para cumprir exemplarmente a Lei de Moisés em nosso lugar, nos desobrigando das práticas e do peso dos rituais judaicos, e nos livrou da maldição eterna que nos condenava. Desde então, a Igreja tem a oportunidade de permitir ser dirigida pelo poderoso Evangelho da Graça, seguir os essenciais ensinamentos do Filho de Deus, que é o único Caminho, a Verdade e a Vida Eterna. 

Cristo esclarece sobre o divórcio. Revelou que não concordava com a cultura da sociedade judaica, que estigmatizava a mulher ao ponto de ela ser discriminada e não contada na genealogia dos hebreus. A dinâmica do Evangelho coloca marido e esposa em condições de igualdade, ambos estão obrigados a valorizar a instituição do casamento até a morte. A separação por motivos banais não é permitida aos dois. Segundo o entendimento que podemos extrair do Evangelho da Graça é que, o divórcio concedido por Jesus, só é permitido ao homem que foi traído pela esposa que cometeu relação sexual ilícita, e não tem condições de perdoá-la se ela se arrepender do pecado. No caso em que o marido é o adúltero e a esposa traída não quer perdoar, a mesma poderá separar-se por ser vítima de traição conjugal. Entretanto, tanto o homem quanto a mulher que não quiser reconciliar-se, estará cometendo adultério juntamente com quem vier a casar-se. 

Orientação de Jesus: "Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério" - Mateus 19.9.

Os ensinos de Pedro e Paulo sobre o casamento incentivavam a união conjugal, inclusive se um dos cônjuges fosse descrente:

"Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações" - 1 Pedro 3:7. 

"Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda o marido, unir-se com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se contrair novas núpcias" - Romanos 7.2-3. 

"Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido. ( se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido ): e que o marido não se aparte de sua mulher" - 1 Coríntios 7.10-11.

"Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone. E a mulher que tem marido incrédulo e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz ... A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor. Todavia, será mais feliz se permanecer viúva, segundo a minha opinião; e penso que também eu tenho o Espírito Santo" - 1 Coríntios 7.12-15, 39-40. 

Deus é coerente, vivemos no período da Graça Divina, quando Deus nos concede a liberdade plena. A Graça possui parâmetro, que é a Lei de Cristo (Gálatas 6.2). Não devemos ser infratores da Lei do Senhor de maneira alguma. Uma das formas de desobedecê-la é aborrecer o cônjuge por causa de sentimentos inúteis. É preciso decidir amar, saber que o amor produz resultados positivos em crises de relacionamentos.

Deus nos deu o casamento e também condições para viver acompanhado de uma pessoa pelo resto da vida. O coração do cristão deve ser límpido, tem a incumbência de apoiar sua companhia matrimonial.

Não convém folhear as páginas bíblicas buscando aval para divorciar-se, mas para encontrar uma mensagem de restauração matrimonial. Porque não existe entornos no Caminho para o céu. Se o cristão casado se sentir extenuado pelos anos que se passam, precisa lembrar-se que a existência não termina aqui, além-túmulo todos que desprezam a Palavra do Senhor terão que prestar contas ao Autor da Palavra, todas as decisões de rebelião ao projeto do casamento virão à tona e cada ser humano receberá medida justa pelos rumos que resolveu caminhar neste mundo.

E.A.G. 
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Consulta em: Belverede 
- Divórcio no grupo de obreiros. Pode? 

Acróstico - CRESCER

Por Lucy
C ultivar uma vida de oração.
R evigorar-se pela leitura diária da Palavra.
E star sempre disposto a obedecer a Deus.
S er uma testemunha fiel no viver e no falar.
C onsagrar a Deus seu corpo, tempo e talentos.
E sperar de Deus a orientação para a vida.
R evestir-se do poder do Espírito Santo.

Nós precisamos CRESCER na Graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Bases do casamento cristão EBD - CPAD


Por Eliseu Antonio Gomes
Publicado originalmente em: Beverede



O cristão precisa compreender a instrução divina quanto ao casamento e aplicá-la como base à sua vida diária. Entender que querer casar deve ser uma decisão resultante do amor sincero, pois estar casado é entrar no relacionamento mais íntimo que podemos viver aqui na Terra.


O que Deus uniu.

"Venerado entre todos seja o matrimônio e o leito sem mácula" (Hebreus 13.4).
Adão e Eva não tiveram pais e sogros. Assim sendo, todos os recém-casados devem buscar a independência emocional e financeira de seus pais, estabelecer núcleo familiar independente, como se não tivessem pais e sogros também. Trata-se de uma separação paterna no sentido de procurar resolver os problemas entre si e crescer juntos em intimidade e união, não é esquecer-se dos pais e desrespeitá-los.
Apesar de o pecado do ser humano interferir no plano de Deus para o casamento, a Bíblia dá diretrizes para um casamento feliz, estável, tranquilo. Todas as passagens bíblicas sobre o tema enfatizam o valor espiritual do casamento, é ensinado que ele deve ser respeitado, honrado e valorizado. O Senhor sempre quis que tanto o homem quanto a mulher se realizassem juntos, criou um relacionamento de total comunhão em que ambos pudessem viver harmoniosamente, desfrutando o amor e companheirismo mútuos com total intimidade.
Logo no princípio, Deus ordenou que o homem deixasse pai e mãe e unisse à sua mulher, para que ambos fossem "uma só carne". O marido torna-se uma só carne com sua esposa durante o ato conjugal (Efésios 5.31). Tal determinação é a expressão da vontade de Deus para todas as pessoas, ao crente e ao descrente.
O matrimônio é o plano da base familiar em âmbito global. Adão e Eva não escondiam nada entre eles, viviam nus um diante do outro e não se envergonhavam disso. A intimidade sexual é natural no sentido em que o Criador a estabeleceu. Dentro do casamento, a união sexual saudável e prazerosa não acontece apenas por alguns momentos, mas por toda a vida do casal.
O sexo foi criado para ser desfrutado com muito prazer e para a procriação do casal no casamento. Deus quer que a humanidade cresça, e através da união legítima entre um homem e uma mulher, multiplique-se. Confira: Gênesis 2.24, 25.


O amor do marido pela esposa.

O casamento deve ser considerado a principal responsabilidade do homem, ele deve lidar com a relação conjugal pela perspectiva equilibrada, evitando tanto a atitude promíscua quanto um ascetismo rígido.
A Bíblia recomenda solenemente: "Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela" (Efésios 5.25). O verdadeiro padrão do amor do esposo para a esposa é o de Cristo para com a Igreja. Observe o advérbio "como", é um termo que denota modo e sugere comparação. O amor do esposo deve ser tal qual o sublime e corajoso amor de Cristo por sua igreja. O marido que não ama a sua esposa desobedece a Palavra de Deus.
O amor do marido pela esposa, ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado possível. A Bíblia ensina que o marido deve honrar sua esposa: "Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações" (1 Pedro 3.7). A insensibilidade do marido faz com que ele perca muito espiritualmente. Infelizmente, nem todos os maridos prestam atenção na necessidade da esposa.
Pedro recomenda a eles que expressem amor cuidando dela com respeito, delicadeza e dignidade. Se o marido não consegue manter uma comunicação eficaz com a esposa e filhos sua linha de comunicação com Deus também é interrompida.


O amor de mãe pelos filhos e o marido.

"Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e aos filhos" (Tito 2.3-4).
Uma placa interessante escrita por mulher: "Meu lar é limpo e organizado para minha família ser saudável, mas às vezes também está bagunçado para que ela seja sempre feliz." Tais dizeres têm sabedoria, porque a esposa e mãe não pode se tornar escrava de seu lar. Uma casa alegre tem seus momentos de brinquedos espalhados pelo chão, instantes da bicicleta atrapalhando uma passagem, o tempo das tarefas escolares de filhos sobre a mesa de jantar. A dona de casa não deve estar disposta apenas às realizações das tarefas domésticas, tem que querer envolver-se e divertir-se com o marido e os filhos em casa e em passeios e ou quaisquer outras atividades em família.


A reverência da mulher ao marido.

E a esposa respeite ao marido (Efésios 5.33 b). A esposa precisa apostar nas características positivas do homem que está ao seu lado como marido. A Bíblia Sagrada não sugere que a esposa seja bajuladora ou minta para o esposo. Pede que concentre atenção e destaque para as outras pessoas os traços positivos que ele possui. O apóstolo Paulo nos ensina a focalizar a atenção naquilo que é verdadeiro, respeitável, justo, amável e de boa fama (Filipenses 4.8). Em obediência ao texto bíblico, a esposa precisa manter sua atenção nos pontos positivos e ressaltá-los diante dos filhos, dos seus familiares e amigos.


O casamento resguarda da prostituição.

Mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido.(1 Coríntios 7.2).
Entre marido e esposa é preciso haver conscientização da importância do amor mútuo e verdadeiro para estabelecer uma família. O casamento cristão tem de ser edificado, tendo como base o amor a Deus e ao próximo. Sem amor não há casamento feliz. Os cristãos precisam prezar pela santidade do sexo, estabelecer a pureza em seu coração. Aprender as disciplinas da saudade, da solidão, da confiança e do total compromisso com Cristo – um compromisso que não é guiado pelo sentimento superficial da paixão, mas que preza pela pureza.
As Escrituras contêm firmes admoestações acerca da abstinência do adultério e da fornicação. Paulo fez menção especial aos pecados relacionados ao corpo. Ele claramente afirmou que o corpo do cristão é o templo de Deus e pertence ao Senhor (1 Coríntios 3.16; 6.19).
Através do profeta Malaquias, o Senhor repreendeu com dureza os esposos israelitas por serem infiéis à suas mulheres (Malaquias 2.13-16). A fidelidade conjugal é indispensável para a estabilidade do casamento. Além de proporcionar segurança espiritual e emocional, coopera ao bom relacionamento conjugal. Sem fidelidade o relacionamento desaba. O laço matrimonial não suporta a infidelidade, o adultério é devastador para o homem e para a mulher (1 Coríntios 6.15-20).


O casal precisa ter união de pensamentos, de sentimentos e de propósitos.

Marido e mulher são iguais nas posses de um para com o outro. O marido deve estar unido à esposa de modo a formar uma unidade, e de igual maneira a mulher ao esposo.
Paulo ensina sobre igualdade e reciprocidade: "O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido (1 Coríntios 7.3). O verbo "pague' (apodidomi" em grego), significa dar o que está sob obrigação, aquilo que se deve.
A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher.” (1 Coríntios 7.4). As palavras "não têm poder" referem-se ao uso de autoridade. No leito conjugal homem e mulher devem estar submissos ao outro. Deve haver entendimento mútuo entre maridos e esposas, pois existe direito legítimo à pessoa do outro, ambos têm o mesmo poder.


O casamento na sociedade pós-moderna.

O casamento não é um contrato com prazo de validade, é uma aliança perene que atende os propósitos divinos. Não é de se admirar que venha sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela mídia. O modelo que se vê nos filmes, novelas e revistas seculares nem sempre preenche os requisitos das Escrituras Sagradas para o casamento. Confronta o valor do matrimônio por apresentar atitudes negligentes em relação ao sexo, por promover "configurações familiares" sem pureza moral e diferente do que Deus criou. Este modelo é defendido e praticado apenas por pessoas que debocham e desprezam os princípios bíblicos.
A Igreja deve fazer soar a sua voz profética, denunciando tudo que ameaça o casamento monogâmico e heterossexual. Promover o crescimento das crianças, jovens e casais, segundo a orientação da Palavra de Deus, para que a família seja edificada em Cristo.


O sexo e os solteiros.

O sexo antes e fora do casamento é pecado (Êxodo 20.14; 1 Tessalonicenses 4.3).
A virgindade, tanto do rapaz quanto da moça, é sempre importante aos olhos de Deus. A santidade é um requisito básico para a felicidade conjugal, se o namoro ou noivado é marcado por atos e práticas que ofendem a Deus, caminha ao fracasso matrimonial (1 Coríntios 6.18-20). Se você entregou sua virgindade, a mensagem do Evangelho anuncia o novo nascimento, novo começo e nova criação. Busque a santificação (2 Coríntios 5.17; 1 João 1.9).
Os namorados devem vencer a forte tentação da atração física, porque este é o ideal de Deus. A paixão deve ser dominada pelo princípio do amor, não simplesmente um sentimento erótico, romântico ou sexual. Um relacionamento que desconsidera o conceito da castidade está fora da orientação divina. A pureza antes do casamento consiste em nos dar pelo e para o outro em obediência a Deus.


Conclusão

Enfim, o casamento é uma instituição criada por Deus e tem o objetivo de ser à base da família e também de toda a sociedade (1 Coríntios 7) é um tratado a respeito do matrimônio e do relacionamento familiar. O capítulo mostra que o casamento não está e jamais estará ultrapassado. Aborda o relacionamento conjugal entre o marido e sua esposa (versículos 1-6); sobre os solteiros (versículos 8, 9, e 25); sobre o casamento cristão e o misto; o casamento e o serviço cristão (12 ao 16; 25 ao 38).

E.A.G.

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Texto compilado com adaptações de:
Bíblia da Família, Jayme e Judith Kemp, 2007, Barueri - SP (SBB).
Bíblia da Mulher, Barueri - SP, 2009 (SBB).
Lições Bíblicas, Elinaldo Renovato, 2013, Rio de Janeiro (CPAD).
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Fonte: Belverede.


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