O cristão precisa compreender a
instrução divina quanto ao casamento e aplicá-la como base à sua vida diária.
Entender que querer casar deve ser uma decisão resultante do amor sincero, pois
estar casado é entrar no relacionamento mais íntimo que podemos viver aqui na
Terra.
O que Deus uniu.
"Venerado entre todos seja o
matrimônio e o leito sem mácula" (Hebreus 13.4).
Adão e Eva não tiveram pais e
sogros. Assim sendo, todos os recém-casados devem buscar a independência
emocional e financeira de seus pais, estabelecer núcleo familiar independente, como
se não tivessem pais e sogros também. Trata-se de uma separação paterna no
sentido de procurar resolver os problemas entre si e crescer juntos em
intimidade e união, não é esquecer-se dos pais e desrespeitá-los.
Apesar de o pecado do ser humano
interferir no plano de Deus para o casamento, a Bíblia dá diretrizes para um
casamento feliz, estável, tranquilo. Todas as passagens bíblicas sobre o tema
enfatizam o valor espiritual do casamento, é ensinado que ele deve ser
respeitado, honrado e valorizado. O Senhor sempre quis que tanto o homem quanto
a mulher se realizassem juntos, criou um relacionamento de total comunhão em
que ambos pudessem viver harmoniosamente, desfrutando o amor e companheirismo
mútuos com total intimidade.
Logo no princípio, Deus ordenou que o
homem deixasse pai e mãe e unisse à sua mulher, para que ambos fossem "uma
só carne". O marido torna-se uma só carne com sua esposa durante o ato
conjugal (Efésios 5.31). Tal determinação é a expressão da vontade de Deus para
todas as pessoas, ao crente e ao descrente.
O matrimônio é o plano da base
familiar em âmbito global. Adão e Eva não escondiam nada entre eles, viviam nus
um diante do outro e não se envergonhavam disso. A intimidade sexual é natural
no sentido em que o Criador a estabeleceu. Dentro do casamento, a união sexual
saudável e prazerosa não acontece apenas por alguns momentos, mas por toda a
vida do casal.
O sexo foi criado para ser desfrutado
com muito prazer e para a procriação do casal no casamento. Deus quer que a
humanidade cresça, e através da união legítima entre um homem e uma mulher,
multiplique-se. Confira: Gênesis 2.24, 25.
O amor do marido pela esposa.
O casamento deve ser considerado a
principal responsabilidade do homem, ele deve lidar com a relação conjugal pela
perspectiva equilibrada, evitando tanto a atitude promíscua quanto um ascetismo
rígido.
A Bíblia recomenda solenemente: "Vós,
maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela" (Efésios 5.25). O verdadeiro padrão do amor do
esposo para a esposa é o de Cristo para com a Igreja. Observe o advérbio
"como", é um termo que denota modo e sugere comparação. O amor do
esposo deve ser tal qual o sublime e corajoso amor de Cristo por sua igreja. O
marido que não ama a sua esposa desobedece a Palavra de Deus.
O amor do marido pela esposa,
ordenado pelas Escrituras, deve ser o mais elevado possível. A Bíblia ensina
que o marido deve honrar sua esposa: "Maridos, vós, igualmente, vivei a
vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa
mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente,
herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações"
(1 Pedro 3.7). A insensibilidade do marido faz com que ele perca muito
espiritualmente. Infelizmente, nem todos os maridos prestam atenção na
necessidade da esposa.
Pedro recomenda a eles que expressem
amor cuidando dela com respeito, delicadeza e dignidade. Se o marido não
consegue manter uma comunicação eficaz com a esposa e filhos sua linha de
comunicação com Deus também é interrompida.
O amor de mãe pelos filhos e o marido.
"Quanto às mulheres idosas,
semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não
escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens
recém-casadas a amarem ao marido e aos filhos" (Tito 2.3-4).
Uma placa interessante escrita por
mulher: "Meu lar é limpo e organizado para minha família ser saudável, mas
às vezes também está bagunçado para que ela seja sempre feliz." Tais
dizeres têm sabedoria, porque a esposa e mãe não pode se tornar escrava de seu
lar. Uma casa alegre tem seus momentos de brinquedos espalhados pelo chão,
instantes da bicicleta atrapalhando uma passagem, o tempo das tarefas escolares
de filhos sobre a mesa de jantar. A dona de casa não deve estar disposta apenas
às realizações das tarefas domésticas, tem que querer envolver-se e divertir-se
com o marido e os filhos em casa e em passeios e ou quaisquer outras atividades
em família.
A reverência da mulher ao marido.
“E a esposa respeite ao marido” (Efésios 5.33 b).
A esposa precisa apostar nas características positivas do homem que está ao seu
lado como marido. A Bíblia Sagrada não sugere que a esposa seja bajuladora ou
minta para o esposo. Pede que concentre atenção e destaque para as outras
pessoas os traços positivos que ele possui. O apóstolo Paulo nos ensina a
focalizar a atenção naquilo que é verdadeiro, respeitável, justo, amável e de
boa fama (Filipenses 4.8). Em obediência ao texto bíblico, a esposa precisa
manter sua atenção nos pontos positivos e ressaltá-los diante dos filhos, dos
seus familiares e amigos.
O casamento resguarda da prostituição.
“Mas, por causa da impureza, cada um
tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido.” (1 Coríntios 7.2).
Entre marido e esposa é preciso haver
conscientização da importância do amor mútuo e verdadeiro para estabelecer uma
família. O casamento cristão tem de ser edificado, tendo como base o amor a
Deus e ao próximo. Sem amor não há casamento feliz. Os cristãos precisam prezar
pela santidade do sexo, estabelecer a pureza em seu coração. Aprender as
disciplinas da saudade, da solidão, da confiança e do total compromisso com
Cristo – um compromisso que não é guiado pelo sentimento superficial da paixão,
mas que preza pela pureza.
As Escrituras contêm firmes
admoestações acerca da abstinência do adultério e da fornicação. Paulo fez
menção especial aos pecados relacionados ao corpo. Ele claramente afirmou que o
corpo do cristão é o templo de Deus e pertence ao Senhor (1 Coríntios 3.16;
6.19).
Através do profeta Malaquias, o
Senhor repreendeu com dureza os esposos israelitas por serem infiéis à suas
mulheres (Malaquias 2.13-16). A fidelidade conjugal é indispensável para a
estabilidade do casamento. Além de proporcionar segurança espiritual e
emocional, coopera ao bom relacionamento conjugal. Sem fidelidade o
relacionamento desaba. O laço matrimonial não suporta a infidelidade, o
adultério é devastador para o homem e para a mulher (1 Coríntios 6.15-20).
O casal precisa ter união de
pensamentos, de sentimentos e de propósitos.
Marido e mulher são iguais nas posses
de um para com o outro. O marido deve estar unido à esposa de modo a formar uma
unidade, e de igual maneira a mulher ao esposo.
Paulo ensina sobre igualdade e
reciprocidade: "O marido pague à mulher a devida benevolência, e da
mesma sorte a mulher ao marido” (1 Coríntios 7.3). O verbo "pague'
(apodidomi" em grego), significa dar o que está sob obrigação, aquilo que
se deve.
“A mulher não tem poder sobre o seu
próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem
poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher.” (1 Coríntios 7.4).
As palavras "não têm poder" referem-se ao uso de autoridade. No leito
conjugal homem e mulher devem estar submissos ao outro. Deve haver entendimento
mútuo entre maridos e esposas, pois existe direito legítimo à pessoa do outro,
ambos têm o mesmo poder.
O casamento na sociedade pós-moderna.
O casamento não é um contrato com
prazo de validade, é uma aliança perene que atende os propósitos divinos. Não é
de se admirar que venha sendo ridicularizado sistemática e violentamente pela
mídia. O modelo que se vê nos filmes, novelas e revistas seculares nem sempre
preenche os requisitos das Escrituras Sagradas para o casamento. Confronta o
valor do matrimônio por apresentar atitudes negligentes em relação ao sexo, por
promover "configurações familiares" sem pureza moral e diferente do
que Deus criou. Este modelo é defendido e praticado apenas por pessoas que
debocham e desprezam os princípios bíblicos.
A Igreja deve fazer soar a sua voz
profética, denunciando tudo que ameaça o casamento monogâmico e heterossexual.
Promover o crescimento das crianças, jovens e casais, segundo a orientação da
Palavra de Deus, para que a família seja edificada em Cristo.
O sexo e os solteiros.
O sexo antes e fora do casamento é
pecado (Êxodo 20.14; 1 Tessalonicenses 4.3).
A virgindade, tanto do rapaz quanto
da moça, é sempre importante aos olhos de Deus. A santidade é um requisito
básico para a felicidade conjugal, se o namoro ou noivado é marcado por atos e
práticas que ofendem a Deus, caminha ao fracasso matrimonial (1 Coríntios
6.18-20). Se você entregou sua virgindade, a mensagem do Evangelho anuncia o
novo nascimento, novo começo e nova criação. Busque a santificação (2 Coríntios
5.17; 1 João 1.9).
Os namorados devem vencer a forte
tentação da atração física, porque este é o ideal de Deus. A paixão deve ser
dominada pelo princípio do amor, não simplesmente um sentimento erótico,
romântico ou sexual. Um relacionamento que desconsidera o conceito da castidade
está fora da orientação divina. A pureza antes do casamento consiste em nos dar
pelo e para o outro em obediência a Deus.
Conclusão
Enfim, o casamento é uma instituição
criada por Deus e tem o objetivo de ser à base da família e também de toda a
sociedade (1 Coríntios 7) é um tratado a respeito do matrimônio e do
relacionamento familiar. O capítulo mostra que o casamento não está e jamais
estará ultrapassado. Aborda o relacionamento conjugal entre o marido e sua
esposa (versículos 1-6); sobre os solteiros (versículos 8, 9, e 25); sobre o
casamento cristão e o misto; o casamento e o serviço cristão (12 ao 16; 25 ao
38).
E.A.G.
_________
Texto compilado com adaptações de:
Bíblia da Família, Jayme e Judith
Kemp, 2007, Barueri - SP (SBB).
Bíblia da Mulher, Barueri - SP, 2009
(SBB).
Lições Bíblicas, Elinaldo Renovato,
2013, Rio de Janeiro (CPAD).
__________
Fonte: Belverede.
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