Não me envergonho do
evangelho
Você se envergonha do
evangelho? Tomara que não!
Todo líder religioso
(pastor) sonha com a igreja nos moldes da igreja primitiva, a qual os seus
membros vivam juntos, tenham tudo em comum, e perseverem unânimes na doutrina
dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e na oração, de forma que o Senhor
aumente os que irão sendo salvos, através da comunhão que os novos convertidos
demonstrarem diariamente, em sua mudança de vida, com temor, não se
envergonhando do evangelho e estando dispostos a proclamar as boas novas de
salvação, uma igreja perfeita.
No entanto, infelizmente percebemos
que a realidade atual não é esta. Alguns dos que se dizem cristãos se envergonham
ou já se envergonharam do evangelho, principalmente quando estão no meio de sua
turma na escola/faculdade, na vizinhança ou até mesmo no trabalho, mas apresentamos
uma pessoa que afirma veementemente não envergonhar-se do evangelho genuíno de
Cristo, essa pessoa é o apóstolo Paulo.
Que possamos ter o mesmo
sentimento do apóstolo Paulo quando afirmava: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a
salvação de todo o que nele crê, primeiro do judeu e também do grego. Visto que
a justiça de Deus se revela no evangelho” (Romanos 1: 16, 17a).
Assim como o apóstolo
Paulo, devemos nos alegrar e de livre vontade anunciar o evangelho, sabendo que
receberemos galardão, pois o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo corroborando
(afirmando) este mesmo pensamento, em uma de suas cartas nos fala: “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me
gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o
evangelho! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas se constrangido, é,
então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada” (I Coríntios
9: 16, 17).
Deus nos deu o privilégio
que anjos anelaram (perscrutaram, desejaram) fazer, mas a nós é que foi
outorgada esta missão, então perguntamos: o que estamos fazendo? Nos
envergonhando ou nos sentindo honrados em realizar essa incumbência?
Saiamos dos nossos bancos
e disponhamo-nos para proclamar a verdade verdadeira que salva, não uma verdade
falseada, que em vez de proporcionar a salvação, ilude e leva os indivíduos ao
inferno de chamas, esse evangelho que proclama um Cristo diferente das
escrituras é o evangelho neoliberal que pode pregar tudo só não prega o
principal que é a salvação em Cristo Jesus. Nós como verdadeiros cristãos devemos
combater este (neo)evangelho e pregar o evangelho genuíno da SALVAÇÃO, que
Cristo nos deixou.
Que possamos refletir no
que o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, fala em sua carta
endereçada à igreja em Roma, de forma que venhamos a não nos conformar com este
século, mas sim, transformarmo-nos pela renovação da nossa mente (mente de
CRISTO), para que possamos experienciar a boa e agradável perfeita vontade de Jesus
(Romanos 12: 2).
Sejamos luz e levemos
esta luz para os que estão nas trevas, como antes nós estávamos (Mateus 5:
14-16; Efésios 2: 1-3), mas pelas misericórdias de Deus fomos lavados pelo
sague do Cordeiro, não sejamos, assim, egoístas, mas possamos nos estimular com
as palavras do profeta Isaías, a qual nos fala “Por amor de Sião não me calarei e por amor de Jerusalém não me aquietarei;
até que saia a sua justiça como um resplendor, a sua salvação como uma tocha
acesa” (Isaías 62: 2).
Todo cristão consciente
deve por obediência ao seu Senhor, em amor fraternal, proclamar do evangelho de
paz. De acordo com o pastor Wagner Amaral, no 45º Congresso Bienal das Igrejas Batistas Regulares do
Amazonas, realizado no ano de 2009, parafraseando o apostolo
Paulo afirmou que “o evangelho é o poder
de Deus que salva”, sendo o sacrifício de Cristo Jesus suficiente para
salvar o ser humano da ira vindoura, desta feita, o evangelho deve ser
proclamado para salvação/resgate do indivíduo que está nas trevas do pecado.
Os
servos de Deus, comprados pelo sangue de Cristo, têm a obrigação de unir-se na
proclamação deste evangelho, e não se envergonhar, mas levar a palavra de Boas
Novas a todos os povos para a glória de Deus, pois segundo John Piper (2011, p.
9) citando Tom Wells nos diz: “a maior motivação para a ação missionária é
tornar Deus conhecido e levar todos os homens a adorá-lo”. Essa é a motivação
de espalharmo-nos na tarefa de anunciar entre as nações a glória e as
maravilhas de Deus entre todos os povos.
Porque a igreja deve evangelizar?
Respondendo a pergunta
acima: Porque a igreja deve evangelizar? Damos a seguinte resposta: porque o
crente não foi salvo simplesmente para ir ao céu, mas para servir, louvar e
adorar ao nosso Deus, sendo a responsabilidade de pregar o evangelho da igreja,
ou seja, de todos os cristãos, salvos e lavados no sangue remidor de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo. Uma responsabilidade que só a nós foi-nos dada.
Então, nos indagamos: como está a nossa preocupação individual com as outras
pessoas?
Nós nos tornamos
responsáveis e mensageiros da palavra de Deus, não porque escolhemos, mas porque
Deus nos escolheu, antes mesmo da fundação do mundo, para este determinado fim
e o louvor da sua glória de Deus (Efésios 1: 3-14; João 15: 16). Então, façamos
o que ele predeterminou. Devemos deixar o nosso egoísmo de lado e proclamarmos
o evangelho de Deus aos de casa, aos da vizinhança, aos ribeirinhos e aos que
estão nos confins do mundo, pois a seara é grande e os trabalhadores são
poucos.
De acordo com John Piper
(2011, p. 10) no livro Evangelização
& Missões “a adoração é o principal alvo da igreja, e as missões são
instrumentos para que Deus torne-se conhecido entre os povos, de forma que os
homens venham a adorá-lo” (João 4: 24).
Ainda nesta obra Piper
(2001, p. 11) nos alerta que “[...] é preciso então que os homens sejam
atraídos a Deus pela mensagem que o próprio Deus encarnado, Jesus Cristo,
trouxe à humanidade, o evangelho. Sem o evangelho, os homens não poderão ser
salvos e não se tornarão adoradores de Deus”. Neste sentido, “[...] a igreja
tem o chamado para investir na evangelização através de três alternativas: ou
investimos como “enviadores ou enviados” ou desobedecemos” (p. 12).
A glória de Deus deve ser
o alvo de todo homem, pois em Salmos 96: 3a, a palavra de Deus nos fala que
devemos anunciar entre as nações a Sua glória, de forma que as pessoas venham a
reconhecê-lo como Senhor de suas vidas, e isso só será possível através da obra
missionária.
Referências
ALMEIDA, João Ferreira de
(Trad.). Bíblia Sagrada. ed. revista
e atualizada. s/d.
ALMEIDA, João Ferreira de
(Trad.). A Bíblia Sagrada. ed. corrigida e revisada, fiel ao Texto Original. São
Paulo, SP: Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 2007.
PIPER, John. Evangelização e Missões: Proclamando o Evangelho para a Alegria das
Nações. Editado por Tiago J. Santos Filho. São José dos Campos, SP: Fiel, 2011.
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